Tirando a armadura: eu sou frágil

Muitas vezes me sinto como se devesse ter milhares de almas. Como se eu tivesse vários papéis a desempenhar. Mas eu sou só uma.
Uma que tem reprimido como se sente há muito tempo. Pra ser forte. Por achar que meus problemas não são problemas.
Deixando a onda da vida, dos deveres me levar, me carregar e me jogar para todo lado.
O peso acumulado dentro do peito começou a me afundar. E estou me afogando sem perceber.
Agora entendo o que tenho ouvido do outro lado.
Essa tristeza, esses sentimentos que eu não entendo... tudo isso tem que sair daqui. Não importa se não é sério para o mundo. É o meu problema. É o que eu tenho que resolver. E quer coisa mais difícil que lutar contra si mesma? Que entender o que se passa em nosso coração? É tão complicado entender sentimentos!
Sentimentos não são racionais, não tem lógica e parecem pernilongos que vem nos atormentar no meio da noite.
Eu me sinto assim, me afogando. E cansada de nadar. Nadar para onde achava que devia ir.
Talvez seja a vida que tenha me feito vestir essa carapaça. Talvez foi essa vida de animal migratório que logo cedo, tão jovem, me fez enfrentar os olhares de julgamento, as provas para mostrar quem eu era, o novo que assusta.  Passei a não me importar com o que achavam para me proteger. E fui de um extremo ao outro.
E não me lembro de conversar com alguém sobre esses meus medos, dores e inseguranças. Sobre como as pessoas podem ser cruéis com as outras que não conhecem.
Guardei tudo aqui. E tudo ficou aqui, se debatendo, me machucando, mesmo que eu tenha "esquecido", mesmo que eu ache que era tudo bobagem.
Mas eu encontrei o meu apito no colete salva-vidas. E finalmente me dei conta que eu posso receber ajuda ao invés de só dar, dar e dar. Eu só tinha que abrir os olhos para enxergar o quanto os meus amigos são bons amigos, o coração para receber todo esse amor e a mão para aceitar humildemente as mãos que pegam na minha para me ajudar a seguir por esse caminho.
Eu não estou sozinha, nunca. Preciso dos meus amigos. E precisei derrubar muitas lágrimas para perceber isso. Para lavar esse orgulho besta que temos em não querer admitir que precisamos de ajuda, de carinho ou apenas de alguém para nos escutar.
Agora é hora de cuidar de mim, de me equilibrar.

E vamos nessa... a vida continua.

 "Girls are taught a lot of stuff growing up. If a guy punches you he likes you. Never try to trim your own bangs and someday you will meet a wonderful guy and get your very own happy ending. Every movie we see, Every story we're told implores us to wait for it, the third act twist, the unexpected declaration of love, the exception to the rule. But sometimes we're so focused on finding our happy ending we don't learn how to read the signs. How to tell from the ones who want us and the ones who don't, the ones who will stay and the ones who will leave. And maybe a happy ending doesn't include a guy, maybe... it's you, on your own, picking up the pieces and starting over, freeing yourself up for something better in the future. Maybe the happy ending is... just... moving on. Or maybe the happy ending is this, knowing after all the unreturned phone calls, broken-hearts, through the blunders and misread signals, through all the pain and embarrassment you never gave up hope." (Filme: Ele não está tão a fim de você)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

50 dias!

Sem vocação para árvore - No vocation for tree