Eu não quero começar pelo ponto final.

Daí você se pega dizendo que está tudo bem assim, que os tempos são outros. Repete somente na sua cabeça que ainda é jovem, que ainda há tempo. E vai ficando com os errados. Até que chega um dia que não consegue mais mentir para si mesma, mas também não consegue assumir para o mundo, em alto e bom tom o que quer.
Por isso eu grito agora!
Sim, eu cansei. Cansei de pegar o errado na balada. Cansei de começar pelo ponto final. Eu já estou grandinha demais para esse mundo de faz de conta. Faz de conta que essa noite nunca vai acabar, mas eu não quero saber quem você é.
Isso não quer dizer que não me dê a louca e eu saia para uma balada e agarre o primeiro que achar gostosinho. Isso não quer dizer também que vou querer namorar com todo mundo que me beijar. Todo mundo que sair comigo mais de três vezes (existe um número para ser considerado namoro?). Ou que só vai ficar com alguém com a certeza de que vai durar (impossível, digamos de passagem).
Isso só quer dizer que eu quero conhecer alguém e deixar fluir para onde quer que vá. Sem o medo do outro de virar um namoro. De ter que ser entitulado namoro. Porque eu já vi casais não assumidos muito mais fiéis que casais que só falta tatuar na testa o quanto se amam. Sem o medo de que eu vá enlouquecer e achar dona da vida dele. Eu já tenho a minha para cuidar, eu só quero uma companhia para passar por tudo que enfrentamos todo dia.
Pessoas para mim são como paisagens. Precisam ser admiradas over and over. Cada vez há algo diferente, surpreendente nelas. Uma vez só não é suficiente. Pele não é o suficiente. O conteúdo pode ser tão ou mais lindo!
Eu não quero começar pelo ponto final.
Eu não quero começar pelo ponto final.
Eu não quero começar pelo ponto final.

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