Patética

Acho que não foi uma boa idéia assistir "Amor à distância" nessa época do mês.
Essa época em que qualquer coisa me faz chorar.
E ainda esse filme. Os primeiros 30 minutos, ou seja, até ela sair do carro e entrar no aeroporto, é MUITO familiar. Quase todas as cenas tinham um paralelo na minha memória. Chegou a ser estranho, "creepy" como eu diria em inglês. Mas infelizmente as coincidências pararam por aí. Ou felizmente. Ah, não sei! Só sei que dói. E só sei que me sinto a pessoa mais estúpida por me sentir assim, depois de tanto tempo. Talvez seja porque nada mais aconteceu, de importante. Talvez seja porque eu sou uma besta romântica (ah não!) e demore para digerir o que acontece comigo (tem horas que acho que só resolveria esse conflito tendo um "olhos nos olhos", o que é meio impossível no momento $$$). Talvez seja porque eu tenha me apaixonado pelo amor. Ou só porque no fundo eu queira o que todo mundo quer... ser amada.
Fazia tempo que eu não sentia essa dor no peito. Essa dor de algo perdido, misturada com saudade, com revolta, com pergunta, com solidão, com carência, com dúvida... dá vontade de sair correndo nessa chuva gritando "POR QUÊ?". Pelo menos minhas lágrimas se misturariam com a chuva.
As perguntas mais clichês brotam na cabeça. E as respostas mais clichês também. Mas se a arte imita a vida, por que eu não posso me fazer essas perguntas? Por que eu não posso ter um final feliz?
Agora sim estou me sentindo patética.
Depois dessa melhor assistir "Ele não está tão a fim de você".

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