Mais França!

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05/05/2011
Claro que acordei tarde. Cansada pra caramba! Comi algo e fui para o laboratório. Chequei email, conheci mais umas pessoas. Fomos visitar a plantação de kiwi e pude ver um pouco de Avinhão. Adoro essas muralhas antigas, castelos, torres. Vi a famosa ponte e o palácio dos Papas. Fui curtindo a vista e meu autismo, porque eles conversavam o tempo todo em francês. A volta foi engraçada. Bernard dirige de forma meio maluca e os alunos ficavam rindo, fazendo caretas, interagiram comigo um pouco.
Trabalhei e quando me deu fome vim para a moradia. Foi difícil dormir. Esse fuso me mata!

06/05/2011
Logo cedo fui com uma aluna na estufa. Fiquei observando para ver como estava o movimento de abelhas lá. Como essa abelha é fofa! Que vontade de apertar! Parece de pelúcia!
E não é que está calor por aqui? Assim, calça e camiseta de boa. Se soubesse tinha trazido mais camiseta e deixado de manga comprida e gola alta em casa!
Fui almoçar com umas pessoas do laboratório. Ainda bem, porque um deles me ensinou como funciona. Se tivesse ido sozinha ia ser difícil adivinhar. Fiquei com tanta vergonha, não consegui comer tudo. Vem muito de cada coisa! Bom saber! E o vocabulário sobre comida vai aumentando. No caminho deu para ver um pouco mais da estação, que é pequena. Muito verde.
Trabalhei o dia todinho na tese. Como não entendo o que estão falando pelo laboratório, não tem internet no meu computador, e o prazo está cada vez mais curto, estou sendo forçada a me concentrar.
A noite conheci o resto do pessoal da moradia. Me chamaram para assistir TV com eles e depois comer fondue. Ae, vou experimentar um fondue francês! E feito por uma pessoa da região de onde ele vem! Bom, as pessoas só falam inglês quando falam comigo, então na maior parte do tempo eu fico boiando. O que é chato, muito, muito chato! De vez em quando entendo alguma situação. Ainda bem que eu tenho minha consciência limpa em relação as pessoas de fora e não falavam português que estiveram no laboratório. Sempre procuro incentivar a todo mundo falar inglês (ou outra coisa que ela entenda). Nesse mundo tão grande e com tantas possibilidades é difícil saber o idioma de todos os lugares para os quais podemos ir. Fazer o que se o mais fácil atualmente é o inglês? O importante é não deixar de interagir. Mas eu agüentei até o final.
Fiquei feliz que uma moça quer ir até a cidade amanhã! E para ajudar mais ainda ela está de carro. Além de ter companhia não vou me perder e ainda vou de carro!
Foi difícil dormir novamente. Ainda mais com gente conversando no quarto ao lado. Malditas paredes finas!
PS: pode ser que haja francês chic, que fala baixo e seja elegante, mas em todo lugar há gente que fala alto demais!

07/05/2011
Acordei super animada para conhecer Avinhão. Tomei um banhão ao som de U2 (claro).
Como é lindo dentro das muralhas. Descobri que essas muralhas cercavam a cidade e foram construídas para proteção. São somente 9 portões de entrada, se me lembro bem. Lindo! A parte antiga é linda. Adoro as ruas estreitas! Não entrei no palácio dos Papas, mas por fora é muito lindo. Dei uma volta com o “petit” trem e foi uma olhada rápida em tudo. Quem sabe não dá tempo de eu voltar de novo. Comprei já uns souvenirs (risos). Adorei o cheiro de lavanda das lojas de sabonetes e afins. Foi o máximo ouvir sanfona ao andar pelos lugares. Ai sim me senti na França! Compramos kebab, apesar de eu querer crepe para me sentir mais na França ainda, e levamos para comer. Passamos e compramos um glass (sorvete) de nutella. Meu deus! Que delícia! Se eu estivesse perto da cidade ia engordar horrores! E ia querer ficar passeando. Não ia prestar (risos).
De volta ao isolamento fui ao laboratório checar email e conversar um pouquinho. Trabalhei um pouco também. Criei coragem e fui em busca do shopping. Pelo caminho de carro tinha que passar por um lugar sem calçada e super movimentado de carros. Estava na dúvida, porque lembro que quando fui com o Bernard era reto saindo da estação. Resolvi seguir o meu “achômetro” de novo. E não é que deu certo? 20 minutos de caminhada e lá está o pequeno, mas útil shopping. Pena que a porcaria fecha 20:30h e não abre em domingos. Minha única fonte de orelhão!
Comprei mais umas coisas no supermercado. Agora tenho travesseiro! Estava dormindo com o de pescoço, coisa horrível. Talvez melhore o meu sono. Se não melhorar totalmente vou em busca de uma manta porque me sinto amarrada no saco de dormir. Enquanto procurava o travesseiro uma senhora veio me pedir informação (de novo, to achando que ou minha cara é muito simpática – o que eu duvido imensamente por fatos prévios – ou tenho cara de francesa). Que dó! Não consegui ajudar! Fiquei meio frustada. Como é horrível não conseguir falar com as pessoas! Todo mundo deveria aprender a linguagem dos surdos-mudos na escola.
Na volta, aqui na frente da estação, de repente pára uma van e um cara desce correndo. Ele pára na frente de uma pedra e fica de costas para a rua, mas de frente para mim. Não está perto porque tem um córrego no meio, mas deu pra ver bem que ele abriu o zíper e começou a mijar. Virei e concentrei em olhar para a frente. Aaaaaaaaafffffff, cada coisa que eu sou obrigada a presenciar viu!
Voltei e deitei para pensar. Cochilei e acordei 22h. Bom, pelo menos evitei a muvuca de um jantar com gritos franceses. Não estava com paciência de agüentar hoje. Ficar com um sorriso amarelo na cara o tempo inteiro, sem ter idéia do que está acontecendo. Acho que estou ficando de TPM (risos). Maravilha!
Me sinto uma imbecil de ficar de mau humor estando na França. Mas a ocasião não é das melhores. Se eu falasse francês seria melhor.

08/05/2011
Não consegui levantar cedo para ir na estufa. Acho que foi a primeira noite que dormi bem e eu preferi esticá-la (com dor na consciência). Tomei um iogurte e comi um crossaint! Comecei a o quê? Vamos ver se adivinham? Sim, trabalhar! E fui até que me chamaram para almoçar! Se eu falei duas frases durante o almoço foi muito. Muito legal da parte deles me chamarem, mas eu não me senti a vontade, nem feliz ali. Preferia estar em casa curtindo o dia das mães com a minha. A pior coisa é se sentir sozinha no meio de várias pessoas. Se eu estivesse interagindo ia ser legal, parecem ser pessoas muito legais.
Há um telefone aqui no corredor, mas minha mãe não conseguiu ligar aqui. Outra frustação. Fui no laboratório e falei no MSN pelo site. Voltei e me convidaram para jogar pebolim, mas eu fui trabalhar. Melhor.
Sentei e repeti várias vezes para mim mesma: vou conseguir. Estar sozinha agora é uma faca de dois gumes: ótimo para concentrar, estou produzindo muito, mas também estou em um momento em que preciso de amor e estar sozinha me deixa triste. O importante agora é acabar a tese, então tenho que aceitar e usar o lado prático e fazer o coração agüentar firme. É o certo e o melhor.
Mais de 18h cansei de trabalhar. Resolvi assistir um episódio de Fringe. Pior que depois de assistir vou ficar na curiosidade porque não tem como eu baixar! Hahaha Puxa! Ainda no final das séries. No meio do episódio me chamam. O pessoal ia pedir pizza. Ah! Eu quero né! E a noite de filme foi hoje. Boa a pizza, mas a individual está mais para três pessoas (risos). O filme (sem me surpreender) não tinha legenda em língua nenhuma. Chamava RRRrrr. É, esse nome mesmo. Não precisei de legenda para entender, era tipo um Todo mundo em pânico, meio bizarro. Mas houve momentos que quis sair correndo. Só não sai porque eu fiquei presa atrás da mesa e do lado o sofá com todo mundo.
Acabou. Fui para o quarto, assisti o resto do Fringe e não resisti e assisti Grey’s Anatomy. Ai, eu quero ver mais! E ainda tem um de Supernatural. Eu vou morrer de curiosidade.

Comentários

Elisa disse…
Mulher!!! Pra variar eu tô lendo as postagens com atraso... Mas vc ta na França!??? Como assim??? rs!
Quanto tempo vc vai ficar ai? E a tese??? rs rs
Bjaaaaooo

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