A volta

Ser forte não durou muito. Assim que o avião começou a acelerar para decolar cai no choro. Nem sei por quanto tempo chorei. Há alguma coisa fácil nessa vida?
O vôo foi tranquilo. Cheguei e já comecei a ficar estressada com o comportamento típico brasileiro! Adoro o Brasil, mas o povo viu! Muitas qualidades, mas os defeitos que mais me irritam.
Depois de uns 45 minutos consegui sair e encontrei meu pai. Fomos para Sorocaba. Não lembrava que tudo era tão diferente. Cheguei em Sorocaba, vi mãe, vô e cachorros, que fizeram um escândalo proporcional ao tempo que fiquei fora. E que fofuras os filhotinhos. Pena que fiquei só uma hora lá e já fomos para Ribeirão Preto. Cheguei já no Encontro sobre Abelhas. Demorei uns 30 minutos para chegar no banheiro, fui encontrando várias pessoas... Foi emocionante tudo isso. Mas que canseira! E no outro dia ainda tinha que dar palestra.
O Encontro foi meio chato, o tema era genética e evolução, não curto muito! Valeu por ver todo mundo... mas estava tão cansada que acho que curti menos do que poderia.
Esses dias foram bons, rodeadas por amigos queridos, mas mesmo assim me senti perdida. Senti um vazio difícil de explicar. Não parece que aqui é minha casa, não lembrava das minhas coisas mais. Terça tive um colapso, chorei até. Depois disso melhorei. Ainda sinto esse vazio, uma grande interrogação no meu peito e falta já de algumas coisas, e principalmente, de algumas pessoas. E especialmente de uma, dos olhos azuis.
O que fazer? Se concentrar no trabalho, em curtir meus grandes amigos e não deixar a peteca cair.
Sei que os próximos meses serão decisivos em tudo na minha vida e o difícil vai ser ponderar o coração e a razão e manter o equilíbrio para tomar boas decisões.
Espero pelo menos me sentir em casa logo novamente.

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